
Summary:
Os anos que decorrem entre o fim do pombalismo e o início das viagens de exploração científica ao Brasil e a África (1777-1783) assinalam uma mudança na natureza dos estabelecimentos museológicos da Ajuda, criados a partir de 1768. Mantêm os laços orgânicos à Casa Real, continuando a cumprir os objectivos cortesãos de instrução ilustrada dos príncipes, mas passam a ser despachadas ordens associando esta repartição pública a objectivos governamentais de carácter económico e político relacionados com as viagens de reconhecimento naturalista, com manifesta prioridade para o território brasileiro. Na arquitectura destas viagens philosophicas o Gabinete de História Natural ocupará um lugar central, legitimando e consolidando os laços entre viagem, ciência e administração através da inventariação de recursos naturais e humanos. Será por este complexo científico (Museu, Jardim Botânico, Laboratório Químico, Casa do Risco, e Livraria) que passará o estágio profissionalizante dos viajantes-naturalistas e também todas as operações decorrentes da construção ideal do "Grande Museo, que sirva de deposito, e archivo para estas Riquezas dos seus Estados".
Author:
João Brigola
Biographie:
Professor do Departamento de História, Escola de Ciências Sociais, Universidade de Évora (Portugal). Doutor em História/Museologia e Agregado em História e Teoria da Museologia. Investigador do CIDEHUS/UÉ e da Cátedra de Património Cultural da UNESCO/UÉ. Foi Director-Geral do Instituto dos Museus e da Conservação do Ministério da Cultura.
Number of Pages:
664
Book language:
Portuguese
Published On:
2019-09-13
ISBN:
978-3-330-74686-2
Publishing House:
Novas Edições Acadêmicas
Keywords:
História da Cultura Ocidental, coleccionismo, Museologia, Património Cultural, Viagens Filosóficas, naturalismo, Brasil, África
Product category:
HISTORY / General